A doação de útero, também chamada de útero de substituição ou barriga solidária, é uma opção para mulheres que não podem engravidar devido a problemas no útero, como ausência uterina, doenças congênitas, cirurgias prévias ou condições médicas que impedem a gestação segura.
Nesse processo, uma mulher saudável empresta temporariamente seu útero para gestar o embrião de outra pessoa. O embrião é formado a partir dos óvulos da mãe biológica e dos espermatozoides do pai, utilizando a técnica de fertilização in vitro (FIV). Após a fertilização em laboratório, o embrião é implantado no útero da doadora, que irá levar a gestação até o nascimento do bebê.
Segundo as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), a doadora de útero deve ser uma parente de até 4º grau da mãe biológica. A idade máxima recomendada para a doação de útero é 50 anos, podendo haver exceções mediante autorização médica e avaliação rigorosa da saúde da doadora.
A doação de útero não pode envolver qualquer tipo de pagamento ou compensação financeira. O ato deve ser puramente altruísta. A doadora deve passar por exames médicos e psicológicos para garantir que está apta para a gestação. O casal e a doadora devem assinar um termo de consentimento e o procedimento deve ser autorizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Esse tratamento tem possibilitado a realização do sonho da maternidade para muitas mulheres que, de outra forma, não poderiam engravidar. O acompanhamento médico especializado é essencial para garantir um processo seguro e bem-sucedido.